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Fernando Pessoa

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010

Quinta-feira, 14 de Outubro de 2010

Discurso igual, enfoque diferente
Serra se diz a favor da união civil gay, não do casamento religioso; Índio diz que PNDH-3 tem excessos
por Redação MundoMais
ReproduçãoSerra e Índio também estão amarrados às questões religiosas

SÃO PAULO e SALVADOR – Pautando a campanha do segundo turno das eleições presidenciais, a grande mídia trata assuntos iguais com enfoques diferentes na disputa entre a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra. No meio desta disputa, os homossexuais como bodes expiatórios.
Na manhã desta quinta-feira, 14, Serra se reuniu com participantes do Fórum das ONGs-Aids de São Paulo. Questionado sobre o “casamento gay”, ele disse ser favor da união civil, mas que casamento era uma questão da igreja.
"Acho que a questão do casamento propriamente dito está ligada às igrejas. A união em torno dos direitos civis já existe, inclusive, na prática, no Judiciário. Eu sou a favor do efeito do direito. Outra coisa é o casamento, que tem o componente religioso. Cabe a igreja decidir sua posição".
Folha e O Globo – O site da Folha de S. Paulo destaca no título p lado favorável do tucano: “Serra diz que é a favor da união civil homossexual, mas casamento é com as igrejas”. No dia anterior, Dilma havia dito a mesma coisa, mas o enfoque foi diferente, como por exemplo, no jornal O Globo, do Rio de Janeiro, que estampou a manchete Dilma lançará 'Carta' contra o aborto e o casamento gay.
Mesmo assunto ontem, 13, discutido por Dilma e líderes evangélicos diz respeito ao PLC-122/06, na qual ela defendeu condenar o preconceito contra o homossexual, mas que não deveria criminalizar os cristãos contrários à homossexualidade dentro das igrejas. “Dentro das igrejas é problema das igrejas. Não posso dar direito a uns e tirar de outros”, disse.
Em Salvador – Na manha desta quinta-feira, 14, em Salvador, Índio da Costa, vice de Serra, também comentou – indiretamente – sobre as questões pró-homossexuais, referindo-se, inclusive, às diretrizes pró-homossexuais do Programa Nacional dos Direitos Humanos-3 (PNDH-3), criado por decreto pelo presidente em 21 de dezembro do ano passado. "O PNDH-3 tem muitos excessos que ameaçam a liberdade religiosa e a liberdade de imprensa", disse Índio da Costa.
Enquanto isso, nesta terra tupiniquim, as igrejas e a grande mídia continuam dando o tom do noticiário eleitoral com os LGBT como moeda de troca. Salve-se quem puder!

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