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por Redação MundoMais
SÃO PAULO – Até às 16h30 desta quarta-feira, 24, os quatro delinquentes menores de idade que agrediram três homossexuais na Av. Paulista no dia 14, não compareceram à Fundação Casa [antiga Febem]. De acordo com a promotora Ana Laura Lunardelli, da 1ª Vara da Infância e Juventude de São Paulo, eles devem cumprir o decreto de internação provisória por 45 dias.
Caso não se apresentem ainda hoje, os adolescentes homofóbicos serão considerados foragidos. Conforme os procedimentos legais, os quatro menores deve comparecer ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e, em seguida, serão encaminhados para a Fundação Casa no bairro do Brás, região central de São Paulo.
Defesa nega – Edio Dalla Torre Junior, advogado do agressor Jonathan Lauton Rodrigues, 19, compareceu nesta manhã na 5ª Delegacia de Polícia, no bairro da Aclimação. Ele representou o cliente, que foi intimado a comparecer, nesta quarta-feira, para prestar novo depoimento sobre as agressões após as exibições das imagens divulgadas por circuitos de segurança.
Na estratégia da defesa do advogado, ele “tentou apartar a briga”. “Ele é primário de bons antecedentes, esteve presente na delegacia, deu depoimento e, portanto, não pode ser responsabilizado por essa agressão. Não foi ele o autor. O autor está identificado nas imagens, que é de conhecimento notório”, disse o advogado. Além disso, o advogado desafiou os jornalistas a provar que seu cliente Jonathan agrediu os homossexuais.
Quinta Vítima – Segundo Torre Junior, seu cliente Jonathan nunca se envolveu em outros crimes anteriormente. No entanto, se esqueceu de que a primeira agressão da série de ataques anula sua afirmação. Ontem, 23, um estudante de 19 anos, que não teve o nome revelado, se apresentou à 5ª DP e disse ter sido agredido por um dos cinco agressores, em uma boate no bairro de Moema, às 4h do domingo, 14. Segundo o delegado Renato Felisoni, o jovem foi socorrido no Hospital Nove de Julho com fratura no maxilar. O jovem informou que reconheceu os agressores pelas imagens dos vídeos e também pelos perfis que estes têm no Orkut.
“Eu esbarrei nele sem querer e ele veio para cima de mim. Tenho certeza de que se trata da mesma pessoa que aparece batendo com a lâmpada no outro rapaz. Vi as fotos no site [Orkut] e comparei com as imagens das câmeras de segurança mostradas na televisão”, disse o estudante. O delegado vai pedir as imagens gravadas no circuito de segurança da boate para ver se os cinco delinquentes estavam no local. O estudante de 19 anos está com os dentes deslocados e só pode se alimentar de semiliquidos durante, no mínimo, dois meses.
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