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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Deputada católica Myrian Rios (RJ) discursa contra a PEC 23/2007 (uma es...



A deputada e ex-atriz Myrian Rios faz declarações em vídeo na internet, relacionando homossexualidade com pedofilia.
por Redação MundoMais

A ex-atriz e deputada estadual Myrian Rios está causando polêmica na internet, com a divulgação de um vídeo em que ela se manifesta no plenário da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) a respeito da homossexualidade, e a relaciona a uma eventual prática de pedofilia.

Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente, afirmou.

Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada, disse.

Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra, completou.

Eu queria que meus filhos crescessem pensando em namorar uma menina para perpetuar a espécie, comentou Myrian, manifestando-se contra a PEC 23/2007, que visava acrescentar a orientação sexual no rol das vedações a discriminação da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.

Confira o vídeo polêmico, com as declarações de Myrian Rio

Quebra de decoro


Relator do caso Bolsonaro no Conselho de Ética aceita denúncia por preconceito.
por Redação MundoMais

Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pode responder por preconceito a homossexuais e racismo.Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pode responder por preconceito a homossexuais e racismo.

Em relatório preliminar lido na sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (29), o deputado federal Sérgio Brito (PSC-BA) aceitou a representação do PSOL contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) por suposta quebra de decoro parlamentar. Para o processo seguir no conselho, os demais integrantes devem apoiar a decisão do relator.
Brito, que é relator do caso, considerou pertinente a instauração do processo contra o parlamentar por ele ter violado o código de ética da Casa. Na hipótese dos autos, o representado é detentor de mandato de deputado federal, justificou o relator.
Na ação do PSOL há indicação de três ações de Bolsonaro. A primeira foi de discutir e ofender a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) em 12 de maio, durante a Comissão de Direitos Humanos do Senado, que debatia o projeto de lei que criminaliza a homofobia.
O segundo motivo da ação se baseia na divulgação de Bolsonaro, no mesmo dia, de panfleto contra o kit anti-homofobia, em elaboração pelo Ministério da Educação, com “afirmações mentirosas, difamatórias e injuriantes”, segundo o PSOL, sobre a causa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).
E o terceiro se refere à participação de Bolsonaro, em 28 de março, no programa de televisão CQC, no qual a cantora Preta Gil o indagava sobre o que faria se o filho dele se apaixonasse por uma negra. No episódio, o parlamentar disse que não iria “discutir promiscuidade” e que não correria esse risco porque seus filhos “foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu” (em referência à Preta Gil). Logo depois, em nota, ele negou que seja racista e disse que se confundiu com a pergunta.
Para justificar sua decisão, o relator disse que “há programas de televisão e reportagens que relacionam a ele os fatos narrados e, ao menos em tese, o abuso da prerrogativa da imunidade parlamentar constitui ato incompatível com o decoro parlamentar”.
Outro lado
Bolsonaro reagiu com indignação. Ou sou cassado ou sou absolvido. Eu não engulo isso aí [as representações], disse o deputado quando teve a palavra durante a sessão desta tarde. A argumentação do parlamentar é a de que as falas condenadas pelo PSOL são fruto da liberdade de expressão dele.
Quanto à manifestação contra a cantora Preta Gil, ele reitera que não é racista, apenas zela pelo que chamou de “moralidade”. Quem defende o ‘kit gay’não tem moral para acusar os outros, afirmou o deputado.

OFICINA DE CAPACITAÇÃO EM DST/AIDS E ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Casal Gay de Jacareí ( SP ) é o primeiro a se casar oficialmente no brasil

                               Luiz André Moresi e Sérgio Kauffman Sousa  




O cabeleireiro Sérgio Kauffman Sousa e o comerciante Luiz André Moresi retiraram no Cartório de Registro Civil de Jacareí, a certidão do primeiro casamento civil Gay do Brasil.

O documento é consequência de uma decisão do juiz Fernando Henrique Pinto, da 2ª Vara da Família e das Sucessões do município, que converteu a união estável deles em casamento. O fato histórico ocorreu bem no Dia Mundial do Orgulho Gay, 28 de junho.

Os dois se emocionaram durante a rápida cerimônia de registro civil. A mesa colocada para assinar o documento foi adornada com a bandeira colorida símbolo do Movimento LGBT. Depois da cerimônia, eles trocaram alianças, se beijaram e abriram um champanhe.

Durante discurso, Luiz André dedicou o casamento aos militantes, à Justiça em Jacareí e aos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Estamos fazendo história”, disse Luiz. “Desde adolescente, eu queria casar, mas não com uma mulher. É um conto de fadas realizado”, disse Sérgio.

Quem também discursou foi o promotor de registros de Jacareí José Luiz Bednarski. Ele lembrou que na Constituição homens e mulheres são iguais e têm os mesmos direitos garantidos. Durante o discurso que emocionou o casal, ele afirmou que espera “que essa semente plantada hoje no futuro se transforme em uma grande árvore”.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), é o primeiro caso de casamento civil Homoafetivo no país. Com a decisão, os dois se tornaram oficialmente casados e passarão a usar o mesmo sobrenome: Sousa Moresi.

“É uma felicidade imensa. Ainda estou tentando compreender esse momento histórico. A ficha precisa cair que esse é um momento que vai ficar na história. A gente luta por tantos anos e quando acontece, a gente entra em êxtase. É por isso que eu divido e dedico essa vitória a todos os militantes”, contou Luiz André.

Segundo Kauffman, o casamento civil chega após oito anos de união estável. No dia 17 de maio, eles foram ao cartório oficializar a união. No dia 6 de junho, pediram a conversão da união em casamento civil.

Segundo o TJ, o Ministério Público deu parecer favorável ao pedido, que “foi instruído com declaração de duas testemunhas, que confirmaram que os dois ‘mantêm convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituir família’.”

De acordo com o TJ, a decisão do juiz Fernando Henrique Pinto tem como principal fundamento o julgamento do Supremo Tribunal Federal, de 5 de maio, que reconheceu a união estável de pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.

O juiz disse que, com o casamento, os dois passam a ter os direitos garantidos após a morte de um deles. "Quando há a união estável, você tem de provar quando um falece que esta união valia na data da morte. Com o casamento, basta apresentar a certidão. É uma garantia. Tanto que faço a recomendação a todos os casais, Homossexuais ou heterossexuais, que vivam em união estável para que se casem."