" O Amor é essencial, O Sexo, acidente;Pode ser igual, Pode ser diferente"
Fernando Pessoa

Marcadores

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quebra de decoro


Relator do caso Bolsonaro no Conselho de Ética aceita denúncia por preconceito.
por Redação MundoMais

Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pode responder por preconceito a homossexuais e racismo.Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pode responder por preconceito a homossexuais e racismo.

Em relatório preliminar lido na sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (29), o deputado federal Sérgio Brito (PSC-BA) aceitou a representação do PSOL contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) por suposta quebra de decoro parlamentar. Para o processo seguir no conselho, os demais integrantes devem apoiar a decisão do relator.
Brito, que é relator do caso, considerou pertinente a instauração do processo contra o parlamentar por ele ter violado o código de ética da Casa. Na hipótese dos autos, o representado é detentor de mandato de deputado federal, justificou o relator.
Na ação do PSOL há indicação de três ações de Bolsonaro. A primeira foi de discutir e ofender a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) em 12 de maio, durante a Comissão de Direitos Humanos do Senado, que debatia o projeto de lei que criminaliza a homofobia.
O segundo motivo da ação se baseia na divulgação de Bolsonaro, no mesmo dia, de panfleto contra o kit anti-homofobia, em elaboração pelo Ministério da Educação, com “afirmações mentirosas, difamatórias e injuriantes”, segundo o PSOL, sobre a causa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).
E o terceiro se refere à participação de Bolsonaro, em 28 de março, no programa de televisão CQC, no qual a cantora Preta Gil o indagava sobre o que faria se o filho dele se apaixonasse por uma negra. No episódio, o parlamentar disse que não iria “discutir promiscuidade” e que não correria esse risco porque seus filhos “foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu” (em referência à Preta Gil). Logo depois, em nota, ele negou que seja racista e disse que se confundiu com a pergunta.
Para justificar sua decisão, o relator disse que “há programas de televisão e reportagens que relacionam a ele os fatos narrados e, ao menos em tese, o abuso da prerrogativa da imunidade parlamentar constitui ato incompatível com o decoro parlamentar”.
Outro lado
Bolsonaro reagiu com indignação. Ou sou cassado ou sou absolvido. Eu não engulo isso aí [as representações], disse o deputado quando teve a palavra durante a sessão desta tarde. A argumentação do parlamentar é a de que as falas condenadas pelo PSOL são fruto da liberdade de expressão dele.
Quanto à manifestação contra a cantora Preta Gil, ele reitera que não é racista, apenas zela pelo que chamou de “moralidade”. Quem defende o ‘kit gay’não tem moral para acusar os outros, afirmou o deputado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário