Filho de peixe
por Redação MundoMais
À esquerda, Carlos Massetti, pai do menor infrator e homofóbico
SÃO PAULO – Apesar da justiça – por meio do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – proibir a imprensa de publicar fotos e nomes de menores infratores (inclusive o
MundoMais), internautas rastrearam e
publicaram os nomes dos quatros adolescentes homofóbicos que agrediram os homossexuais
Otávio Dib Partezani, 19,
Rodrigo Souza Ramos, 20, e
Luiz Alberto, 23, além do guardador de carro
Gilberto Felipe Andrade, 18, na manhã do último domingo, 14.
Um dos agressores,
G.M., 16, é filho do mafioso italiano
Carlos Massetti, 50, cujo nome de registro é
Leonardo Badalamenti. Carlos Massetti foi preso pela
Interpol no dia 23 de maio do ano passado, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, onde mora com o filho infrator, que faz jus ao provérbio de que “filho de peixe, peixinho é”.
Carlos Massatti usa este nome desde que veio morar no Brasil, há 16 anos. Era casado com
Soraia Costa, mãe de G.M, que dá depoimento no vídeo, dizendo que a agressão do filho foi “uma coisa infantil”. O infrator G.M. é neto de
Gaetano Badalamenti, conhecido como o poderoso
Dom Tano, do clã
Cosa Nostra, na Sicília. Badalamenti morreu em 2004, aos 81 anos, numa prisão dos Estados Unidos, onde cumpria pena de 15 anos por assassinatos e tráfico de drogas.
Habeas corpus – Massetti
conseguiu habeas corpus do
Supremo Tribunal Federal (STF). Em 12 de agosto deste ano, obteve o julgamento final, com o arquivamento do processo. “Não se revela processualmente viável, na via estreita do processo de “habeas corpus”, a discussão em torno da identidade do paciente em questão, que sustenta não ser ele o súdito estrangeiro que poderia vir a ser reclamado, pela República Italiana, ao Governo do Brasil [...] Arquivem-se os presentes autos”, disse o processo.
Isso porque o governo italiano não formalizou o pedido de extradição com os documentos probatórios da culpa do acusado. De acordo com a acusação da Interpol, Massetti participava de um grupo que colocava títulos falsos no mercado e a meta era embolsar U$ 1,0 bilhão. Na época, Massetti alegou ser “preso político e vítima de um clamoroso erro judiciário”.
Como os criminosos nazistas – Na época, segundo o diretor da Interpol no Brasil, delegado federal
Jorge Pontes, Carlos Massetti representa um caso típico de lavagem de identidade. “Assim como os criminosos nazistas, ele criou uma nova identidade e, assim, um dos mais notórios mafiosos vivia tranquilo no Brasil”, disse.
O agressor Jonathan Lauton Rodrigues, de 19 anos, é instrutor de Jiu-Jítsu
Perfis dos delinquentes – A imagem de “bons meninos”, passada pelas famílias dos menores delinquentes e homofóbicos, cai por terra nos perfis de relacionamento dos cinco jovens na internet. No seu perfil do
Orkut, o filho do mafioso diz:
"
Se você não encontrar algo pelo qual vale a pena viver, encontre algo pelo qual valha à pena morrer”. No perfil, uma foto com um cigarro na boca, que faz lembrar o charuto usado pelos mafiosos.
Além disso, tem comunidades como “
treta de amigo meu é treta minha tbem” (sic), “
quem fecha chega junto sempre”. Os outros menores infratores são
V.L.C, morador do bairro Vila Mariana,
G.P.P., morador do Itaim Bibi, e
J.G.B.B.
Este último também mora na Vila Mariana. Corpo sarado de musculação, é praticante da luta tailandesa Muay-Thai e da japonesa Jiu-Jítsu. O jovem infrator também faz parte da equipe
Gibi-Thai. Ironicamente, adicionou no seu perfil no Orkut a comunidade “Sou da Paz”. O único maior de idade do grupo de mauricinhos homofóbicos é
Jonathan Lauton Rodrigues, 19. Morador da Vila Mariana, ele é instrutor de Jiu-Jítsu, na academia
Ryan Gracie Team, localizada no bairro onde mora, na modalidade MMA (Artes Marciais Mistas), na tradução do inglês.