" O Amor é essencial, O Sexo, acidente;Pode ser igual, Pode ser diferente"
Fernando Pessoa

Marcadores

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Imposto de Renda para casais gays


Deputado federal Jean Wyllys reage à ofensiva evangélica e defende inclusão de benefício.
por Redação MundoMais



Primeiro gay eleito deputado federal, defendendo a bandeira dos homossexuais, Jean Wyllys (Psol-RJ) anuncia uma contra-ofensiva à iniciativa de parlamentares evangélicos de tentar derrubar a principal novidade da declaração do Imposto de Renda deste ano: a inclusão de parceiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal. O deputado disse que vai discutir esta semana com outras lideranças da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero), ainda em reestruturação, uma maneira de barrar o movimento articulado pelo deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), que considera o benefício ilegal.
Jean Wyllys afirmou que pretende utilizar o mesmo argumento “legalista” do colega, que é pastor da Assembléia de Deus, para cobrar que as igrejas, que têm imunidade fiscal, passem a prestar contas à sociedade. “Posso recorrer também à legalidade para exigir do ministro da Fazenda que ele explique por que as igrejas não prestam contas à sociedade. Se os partidos políticos prestam, por que igrejas não?”, questionou.
Jean Wyllys diz que vai tratar do assunto na terça-feira em reunião com a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e na quarta, com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), responsáveis pela reativação da frente parlamentar que defende os direitos dos homossexuais. O deputado também rebate o argumento utilizado por Ronaldo Fonseca, sustentado no parecer da Câmara, de que o governo está abrindo precedente a outras categorias ao atender às reivindicações dos homossexuais.

A consultoria da Câmara entende que o governo federal foi descuidado ao tentar encaixar os gays nas hipóteses de dedução de imposto. Em nota enviada ao site, a Procuradoria da Fazenda diz ter “plena convicção da constitucionalidade e legalidade de seu parecer”, que embasou a decisão do ministro Guido Mantega.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Justiça reconhece união estável de casais homoafetivos


 

 No dia 27 de janeiro de 2011 o juiz titular da 4ª Vara da Família, Dr. Antônio de Paiva Sales, deu sentença favorável à agente comunitária de saúde M.T.O.C., cujo nome é mantido em sigilo  por proteção da parte, quando esta alegava reconhecimento de união homoafetiva pós- morte.
M.T.O.C. provou que conviveu em união afetiva pública contínua e duradoura com M.C.A.C., já falecida, desde 1998. O casal construiu patrimônio comum, uma casa com móveis, que após o falecimento da requerida, os familiares desta tentaram tomar. Por fim, a sentença foi dada mediante às comprovações de que a relação existia, pois a requerente M.T.O.C. obtinha documentos pessoais em seu poder e testemunhas que presenciaram a união, portanto, o que pertencia a “de cujus” passou a ser da companheira por direito.
Em dezembro de 2009, outra união estável de pessoas do mesmo sexo foi reconhecida e beneficiada. A juíza Ana Victória Muylaert Dias, que estava auxiliando a 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, deu parecer favorável a I.S. em uma ação de concessão de pensão por morte com pedido de antecipação dos efeitos da tutela em face do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí- IAPEP, que consentiu o pagamento integral da pensão por morte, decorrente do falecimento de seu companheiro E.P.S., após ser comprovado a convivência com o este há mais de 5 anos. O requerente I.S. foi o único dependente a fazer jus da pensão, pois E.P.S. não deixou filhos menores e nem dependentes incapazes, estando também, divorciado desde junho de 2002, quando já moravam juntos sob o mesmo teto.

Gays e Lésbicas participam do Corso de Zé Pereira da cidade de Teresina

O Grupo Matizes participará hoje do Corso de Teresina. Militantes da causa LGBT e apoiadores do Grupo levarão toda a animação da tribo da diversidade. Com o tem "Recicle suas ideias e atitudes, a intenção é problematizar sobre a responsabilidade ambiental como um imperativo para o exercício da cidadania e para a construção de um planeta sustentável.

A veia criativa do artista Beto Pirilampo levará para a avenida uma decoração à base de material reaproveitado, reciclado ou que provoque pouco impacto ambiental. Capemba, palha de coco, plástico reciclado, garrafas pet serão a base da decoração.
Para Carmen Ribeiro, Coordenadora do Matizes, a participação no Corso é uma das prioridades eleitas pelo Grupo em 2011. "O Corso é uma das manifestações culturais mais populares de Teresina. Por isso, é importante estarmos presentes levando para as ruas mensagens de combate à discriminação e o sonho de construção de um mundo melhor, mais sustentável e diverso", explica a Coordenadora.
Este ano, além de militantes do Matizes e da Liga Brasileira de Lésbicas, são esperados ambientalistas e representantes de segmentos sociais que lutam contra a discriminação.

Contra a violência doméstica

Rio Grande do Sul

Juiz de Rio Pardo aplica a Lei Maria da Penha para caso de violência doméstica de casal gay.
por Redação MundoMais

O juiz de Rio Pardo (a 144 km de Porto Alegre), Osmar de Aguiar Pacheco, concedeu medida de proteção a um homem que afirma estar sendo ameaçado pelo seu companheiro. A medida impede que ele se aproxima a menos de 100 m da vítima. O magistrado afirmou que, embora a Lei Maria da Penha tenha como objetivo a proteção das mulheres contra a violência doméstica, todo aquele em situação vulnerável pode ser vitimado.
Osmar Pacheco afirmou ainda que o artigo 5º da Constituição (todos são iguais, sem distinção de qualquer natureza) prevê que, em situações iguais, as garantias legais valem para todos. No caso deste casal homossexual, disse o juiz, "todo aquele que é vítima de violência, ainda mais a do tipo doméstica, merece a proteção da lei, mesmo que pertença ao sexo masculino". Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) do Estado, o autor da ação alega ser vítima de atos motivados por um relacionamento recém terminado.
Em sua decisão, o magistrado também observou que a união homoafetiva deve ser vista como fenômeno social, merecedor de respeito e de proteção efetiva com os instrumentos contidos na legislação.

http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=2021

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Evangélicos resistem à Frente LGBT

Júlia Schiaffarino
juliaschiaffarino.pe@dabr.com.br



A batalha pelo voto entre evangélicos e não evangélicos, que ganhou força nas eleições de outubro, vai se repetir, agora, no plenário da Assembleia Legislativa. Os parlamentares ligados às igrejas protestantes prometem derrubar todas as bandeiras levantadas pela Frente pela Cidadania LGBT (lésbicas, gays e transgêneros) cujo funcionamento foi oficializado ontem.

Daniel Coelho (PV), líder da Frente, prefere ´não crer` que haverá contraposições de debates, principalmente nas questões que envolvam homofobia. ´Quando você debate as questões homofóbicas você também debate a família, porque os homossexuais podem constituir família. Então eu não vejo o porquê desse antagonismo que apresentaram`, salientou Coelho, referindo-se à resistência à formação da Frente demonstrada pelo deputado do PSC, Cleiton Collins, pastor evangélico e recordista de votos nas urnas em outubro.

Coelho ressaltou que é importante levantar ´essa bandeira` para que não se repitam casos comoo de duas jovens lésbicas agredidas na terça-feira porque se beijavam em uma festa em Natal. ´Da mesma forma que há delegacia para a mulher e para a criança, queremos uma delegacia para tratar de crimes e agressões homofóbicas`, defendeu o parlamentar. O tema será um dos primeiros a serem debatidos na Frente.

A oficialização da Frente pela Cidadania LGBT sofreu forte resistência da bancada evangélica, composta por cinco deputados. Já está marcado para hoje a primeira reunião da Frente da Família como uma espécie de resistência à Frente LGBT. ´A Frente da Família é um contraponto à LGBT`, disse Collins, que vai liderar o grupo. O parlamentar promete questionar as proposições que, ao ver da bancada evangélica, sejam ´contra a família`, como a união entre homossexuais. O parlamentar lembrou que fará isso pois ´tem compromisso com os eleitores`, principalmente os evangélicos.

O presbítero Adalto (PSB), também evangélico - o segundo lugar nas urnas em outubro - fez promessa semelhante. ´Certamente haverá conflito.Toda vez que alguém subir à tribuna para levantar a bandeira do homossexualismo nós vamos defender a família`, disse. O presbítero disse que ´não vê com bons olhos` a discussão das questões homossexuais de maneira separada. ´Elas poderiam ser discutidas dentro da Comissão de Cidadania. Não há necessidade de um tratamento especial para o tema.`

O cientista político Robinson Cavalcanti vê como normal o ´barulho` que o tema provocou. ´Por séculos, concebeu-se a família como a união do homem com a mulher. As reivindicações homossexuais são recentes e o que vimos na Assembleia é um eco dos conflitos que elas causaram na sociedade`, argumentou. O também cientista político Túlio Velho Barreto acrescentou que o debate resulta da exigência dos eleitores evangélicos. ´É legítimo que o deputado defenda os interesses da sua base eleitoral, seja evangélica ou homossexual`. Mas Barreto acredita que isso não deve ´ultrapassar a discussão de direitos`, sem invadir questões morais que fugiriam à perspectiva da atuação parlamentar.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

21/02/2011 - Selo “Faça do Brasil um Território Livre da Homofobia” é lançado em São Paulo

Alterar tamanho da fonte: A+ | a-
Para comemorar e divulgar a inclusão da homofobia entre as denúncias recebidas pelo disque 100 – Disque Direitos Humanos da Secretaria especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH)- a ministra Maria do Rosário Nunes lançou neste sábado em São Paulo, na Casa das Rosas, a marca “Faça do Brasil Território Livre da Homofobia”. A cerimônia foi seguida por uma passeata que mobilizou cerca de 5 mil pessoas que marcharam pela Avenida Paulista, na Marcha contra a homofobia.

Por um erro de comunicação, foi divulgado que o nome da campanha seria “Brasil Território Livre da Homofobia”, o que gerou uma série de mal entendidos. O título errado foi divulgado pela própria assessoria da Secretaria de Direitos Humanos foi considerado enganoso e ofensivo, já que o país é o recordista mundial de assassinatos de homossexuais e não há lei alguma para promover a igualdade de direitos entre homos e héteros. “Protesto, protesto veementemente com esta farsa..."BRASIL TERRITÓRIO LIVRE DA HOMOFOBIA" dá a entender que vivemos na Suécia, enquanto "há algo de muito podre no reino da Dinamarca..." afirmou o decano do movimento gay, Luiz Mott, Doutor em sociologia, citando Shakespeare em uma lista da internet. O erro foi corrigido no site oficial do ministério mas a imprensa divulgou o título do adesivo errado. Durante o sábado, o selo foi colado nos locais onde em novembro do ano passado uma série de ataques a homossexuais na Avenida Paulista chocou o país.

"Queremos alertar a sociedade brasileira sobre a violência cometida contra homossexuais em nosso país e incentivar a denúncia. Um país democrático e de direitos não pode conviver com a intolerância. Precisamos respeitar a diversidade", afirmou a ministra da SEDH em nota. O selo será utilizado para marcar os locais onde gays sofreram agressões e será usado para divulgar o novo serviço de denúncias oficial que registrou mais de mil reclamações sobre homofobia apenas em 2011. São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná são os estados onde há mais denúncias de homofobia registradas no serviço.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não é fácil ser transexual

Em entrevista para o programa Fantástico ontem (20), a modelo transexual brasileira Lea T falou sobre sua infância e disse que mesmo se sentindo menino, sempre gostou de brincar com as bonecas da irmã e amarrar camisetas na cabeça para fingir um cabelo longo.
"Gostava de mexer nas bonecas da minha irmã. Eu era afeminado, mas não percebia, era uma coisa natural", afirmou. Filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, a modelo decidiu abrir o jogo com a família depois de passar por psicólogos e ter a certeza de que queria iniciar o processo de transexualidade. "Houve muito choro. Meu pai mudou muito. Em coisas que ele era mais duro comigo, ele se tornou mais doce".
Apesar de hoje ser bem sucedida e sua identidade de gênero não atrapalhar sua carreira, Lea T. revelou que não existe lado bom em ser transexual. "Sou penalizada em tudo. Não é uma coisa gostosa. É remédio, terapia, preconceito. Mas tenho minha vida sem pensar nisso, tenho meus momentos de felicidade".
Na última quinta-feira (17), Lea contou à apresentadora Oprah Winfrey como faz para esconder o pênis durante sessões de fotos.
Como esconde seu pênis?”, questionou Oprah. “Boa pergunta, todo mundo quer saber isso, especialmente os homens. É bastante desconfortável, mas melhora com o tempo. Tenho que colocá-lo para trás e usar uma calcinha pequena, mas realmente não é confortável, especialmente quando sento”, explicou.
Na próxima quinta-feira (24), o GNT exibe a entrevista no programa The Oprah Winfrey Show em um horário extra, às 23h. Assista em primeira mão no YouTube, em inglês.
A modelo, caso consiga autorização judicial, deve passar por uma cirurgia em março, na Itália, para a retirada do pênis. “Sei que vai ser dolorosa tanto física quando emocionalmente”.

Marcha contra a Homofobia

Com os termômetros da Avenida Paulista marcando 32 graus, cerca de 1500 pessoas compareceram na tarde deste sábado (19) à Marcha Contra a Homofobia, organizada pelo grupo virtual Ato Anti-Homofobia. A manifestação teve início às 15h e terminou por volta das 19h, em frente ao número 777, onde jovens foram agredidos com lâmpadas fluorescentes em novembro do ano passado. Um dos objetivos é protestar contra o arquivamento do Projeto de Lei nº. 122 (mais conhecido como PLC 122), que propõe a criminalização da homofobia.
A manifestação, que também pediu a aprovação no Senado, do projeto de lei que torna crime a discriminação contra homossexuais, idosos e portadores de deficiência física, contou com a presença da senadora Marta Suplicy (PT-SP) e da ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, além dos deputados federais Ivan Valente (Psol-SP) e Jean Wyllys (Psol-RJ),e do deputado estadual Carlos Giannazi (Psol-SP).
A senadora Marta Suplicy criticou a lentidão do Legislativo na aprovação de direitos a gays, lésbicas e travestis. Ela acredita que o projeto de lei (PLC 122/06), que o Senado desarquivou no último dia 8, deve ser aprovado pela Casa. Nós vimos um retrocesso no Congresso nos últimos anos. O Legislativo tem se unido e se acovardado sobre essa questão e não vamos sossegar enquanto não abolirmos do Brasil atos de violência desse porte. Junto da sociedade civil vamos conseguir a aprovação do projeto, afirmou.
A homofobia não age sozinha, ela vem junto do preconceito, e é também contra isso que devemos nos posicionar, disse o deputado federal Jean Wyllys, um dos representantes da causa gay no Congresso, que acredita ainda que a luta contra a homofobia deve ser pluripartidária.
O historiador Augusto Patrini, 32 anos, um dos organizadores da marcha, afirmou que a bancada religiosa no Congresso tenta desqualificar o projeto de lei que, segundo ele, não se limita aos direitos de homossexuais, mas também aos deficientes e portadores de deficiência física. Existe uma leitura errada do projeto e também má fé dos deputados da bancada conservadora, além dos demais parlamentares que não se posicionam claramente sobre a proposta. O que a gente pede é o mínimo, que é criminalização de atos contra as minorias , disse.
Neste sábado, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos do governo de Dilma Rousseff, lançou na capital paulista o selo Brasil Território Livre da Homofobia, que tem como objetivo divulgar o Disque Direitos Humanos (Disque 100) voltado para a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). A ministra participou de um trecho da marcha e disse que o governo trabalhará na garantia dos direitos humanos. O Brasil deseja e o Brasil será um território livre de homofobia. Nós não aceitamos a homofobia, afirmou a ministra durante a passeata.
Chamou a atenção a participação de um grupo de skinheads no ato. Muitos deles faziam questão de deixar claro que os preconceituosos são "os carecas" e que eles, skinheads, nada têm nada contra os homossexuais. Em dado momento, Monica, que se identificou como "lésbica e skinhead", quis enfatizar que seu grupo não discrimina gays.
Por volta das 18h, o carro de som estacionou em frente ao número 777 da avenida Paulista e, nesse momento, algumas pessoas puderam discursar. Durante a manifestação, um grito de guerra foi considerado o mais criativo por Marta Suplicy e Jean Wyllys: "Se até a cachorra é laica, por que o Estado não é?".

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Escola de samba Gay de São Paulo tem público heterossexual




Escola de Samba Arco-Íris


A maior parte do público da Escola de Samba Gay Arco-Íris, que elegeu neste ano a rainha do Carnaval paulista, é heterossexual, segundo o presidente do grupo, Eduardo Corrêa. O fundador da primeira agremiação Homossexual de São Paulo estima que 60% do público que frequenta os eventos da escola é heterossexual.

“Todos podem participar e se envolver com os compromissos da escola, não fazemos restrições”.

O primeiro Carnaval de rua promovido pela Arco-Íris aconteceu em 2009, e atraiu, segundo sua diretoria, cerca de 15 mil pessoas para o desfile, no centro de São Paulo. No ano passado, o público cresceu: 20 mil foliões compareceram.

O grupo procura um novo espaço para seus ensaios. Segundo Corrêa, o antigo galpão, que funcionava na Lapa (zona oeste), foi emprestado pela Prefeitura de São Paulo até o primeiro semestre do ano passado, quando começaram as obras para a construção de um Poupatempo.

“Já estamos negociando outro local, no largo do Arouche [centro]. Mas, desta vez, o aluguel sairá do nosso bolso”.

A Arco-Íris foi fundada em 25 de janeiro de 2008, data do aniversário da cidade. O objetivo, segundo Corrêa, é promover a identidade brasileira sem distinção de classe social, orientação sexual e idade. Ele conta que resolveu fundar a escola porque percebia certo preconceito em relação aos Homossexuais nas escolas de samba tradicionais.

“Eu sempre estive envolvido na produção do Carnaval em várias escolas de samba e percebia que os Gays eram bem-vindos na maquiagem, na confecção de roupas, mas não eram na bateria, por exemplo. Comecei a questionar como um evento que é realizado em sua maioria por negros e moradores da periferia, que também sofrem preconceito, poderia ser preconceituoso com a Comunidade LGBT”.

“Todas as escolas, menos a Gaviões da Fiel, foram nos prestigiar. A Mocidade Alegre é nossa madrinha”.

Léo Áquilla é a rainha da bateria da escola neste ano. Celebridades como Celso Kamura e o designer de sapatos Fernando Pires são apoiadores permanentes. Neste ano, o desfile da Arco-Íris deve acontecer uma semana antes dos desfiles oficiais no sambódromo do Anhembi (zona norte). A data e o local ainda não foram confirmados.

Corrêa sonha em ver o grupo desfilando no Anhembi.

“Todas as grandes escolas começaram com Carnaval de rua. Com a gente não vai ser diferente!”

Ministro da Saúde afirma que Gays devem poder doar sangue




Ministro da Saúde Alexandre Padilha

Ministro da Saúde nomeado no governo Dilma Rousseff, Alexandre Padilha afirmou que pretende rever a proibição de Homossexuais doarem sangue, em vigor no Brasil por meio da portaria nº 153, criada em 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em uma entrevista em Teresina, ele disse que vai discutir melhor o assunto e analisar as possibilidades.

O ministro foi recebido em evento no Palácio de Karnak por uma manifestação do grupo militante LGBT Matizes, que pedia o fim da proibição. Lançando um plano de enfrentamento à dengue na capital do Piauí, o ministro declarou que o conceito de grupo de risco não existe mais e que agora existem “pessoas com vulnerabilidade”.

Após reunião com líderes do movimento, Padilha prometeu: “vou abrir uma discussão técnica sobre isso. Saber o porquê da regra hoje, qual seria a adequação em função da atualidade, e inclusive, do comportamento da epidemia de doenças que podem ser transmitidas com o sangue”.

Em 2006, a pedido do Matizes, Ministério Público Federal do Piauí entrou com uma ação para derrubar a portaria da ANVISA. A 2ª Vara Federal acatou o pedido e emitiu uma liminar favorável, mas o Tribunal Federal da 1ª Região cassou a liminar e a decisão definitiva ainda aguarda análise da Justiça.

Héteros tiram a roupa em defesa do Casamento Gay






A associação FCKH8, que luta contra a Proposta 8, a qual proibiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia, lançou um calendário 2011 para levantar recursos para suas ações. 

O diferencial é que os modelos são todos homens héteros que tiraram a roupa para demonstrar apoio aos direitos LGBTs. 

Os calendários, com páginas nas cores rosa, lilás e roxo, são vendidos a 10 dólares pela página da FCKH8. Lá você também poderá assistir ao making of da sessão de fotos do calendário.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Radar Gay

Um aplicativo para eletrônicos portáteis com GPS tem deixado em polvorosa o mundo gay ao mostrar, em questão de metros, quais são os homossexuais, bissexuais ou "curiosos" que estão em volta. Fácil de navegar, os usuários podem bater papo entre si. E o assunto, invariavelmente, é um só: sexo. Se a conversa evoluir, marca-se um encontro para se conhecer pessoalmente e, obviamente, colocar em prática tudo o que foi dito. Com a garantia de anonimato, o aplicativo tem mudado a maneira de muitos gays se relacionarem, dando chance a héteros "curiosos" de terem novas experiências e até ajudado aqueles que querem sair do armário.
O primeiro passo é cadastrar-se na rede social destinada a quem é gay, bissexual, ou, no mínimo, curioso. A rede exibe as informações básicas de cada usuário, com nome, foto, idade, medidas e uma breve descrição pessoal. Uma vez que o usuário é cadastrado, seu celular passa a fornecer os dados sobre sua localização, em tempo real, para outros membros da rede. A informação é obtida pelo GPS do celular e fica disponível para todos os usuários. O dispositivo apita, avisando que chegou uma mensagem. Se a foto do remetente despertar o interesse, o passo seguinte é iniciar uma conversa. Dependendo do apetite sexual de ambos, é possível que acordem juntos no dia seguinte.
A idéia é que os encontros sejam não apenas de caráter sexual, pois algumas amizades podem surgir. Os perfis são organizados a partir da pessoa que está mais perto até o mais distante. Nos chats (salas de bate-papo que funcionam dentro do aplicativo), é possível trocar fotos com privacidade. O Purpll permite entrar em salas com temas específicos, como “jovens” e “travestis”. O Qrushr tem uma versão só para lésbicas – sem grande adesão. Os aplicativos podem ser baixados gratuitamente, embora alguns tenham versões pagas. O de maior sucesso é o Grindr (fala-se grainder), que acaba de lançar sua versão também para BlackBerry. Unanimidade entre os gays, ele foi lançado em março de 2009 e baixado por 1,3 milhão de pessoas em 180 países, incluindo Albânia, Quirguistão, Cuba e até o Irã, onde, segundo o presidente, Mahmoud Ahmadinejad, não existem gays. Nos Estados Unidos, recordista em usuários, eles já são quase 600 mil.
No Brasil, o alcance ainda é pequeno: pouco mais de 13 mil usuários estão cadastrados – quase metade na cidade de São Paulo. Ele é ótimo porque você pode ir para qualquer grande cidade do mundo e encontrar gays locais sem dificuldade, diz Joel Simkhai, criador do aplicativo. “Todas as pessoas têm conexões perdidas, como o cara que vive em seu prédio e você nunca conheceu.” É aí que os gaydares como o Grindr encurtam o caminho.
Por enquanto, o público homossexual masculino domina os aplicativos. Os homens são mais abertos a conhecer parceiros on-line e sempre foram os primeiros a abraçar as oportunidades que as novas tecnologias trazem na busca de relacionamentos, diz Simkhai. O criador do Grindr afirma que uma versão para o público heterossexual está sendo desenvolvida. Nosso desafio é disponibilizá-lo para todos os públicos: homens, mulheres, heterossexuais ou gays, em qualquer lugar do mundo, afirma. Gabriela Damasceno é lésbica, tem o Qrushr Girls e diz que o aplicativo ajuda mais a fazer amigas do que a encontrar parceiras. Os homens vão mais atrás de sexo do que a mulher. Nós buscamos conhecer a pessoa.
Shimkhai disse, ainda, que a geolocalização continuará sendo um recurso importante. Ele acrescenta que o desejo de se encontrar não é uma característica só gay, mas que os homens e as mulheres têm jeitos diferentes de paquerar.
- O Grindr foi feito para um homem. Se vamos oferecê-lo a uma mulher temos que fazer as coisas de outro jeito.
E acrescentou que, embora deseje que as mulheres heterossexuais participem do serviço, qualquer pessoa vai poder assiná-lo como gay, lésbica, bissexual ou uma mistura das alternativas anteriores.
Seja por meio do Grindr, do Purpll, do Qrushr, o público gay não perde tempo. Então, cuidado: se por acaso essa for sua opção sexual e você prefere manter-se no anonimato, você pode estar sendo rastreado pelo GPS gay.
http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=1996

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Abaixo o bullying homofóbico

Enquanto há homofóbicos que reprovam o material sobre LGBTs do Ministério da Educação sem ao menos tê-lo visto, o Conselho Federal de Psicologia analisou-o e deu parecer favorável à sua utilização nas escolas.
Mesmo sem data para chegar aos colégios de ensino médio do país, o kit – formado por vídeos, guia de orientação para o professor e cartilhas – foi criticado em apresentação prévia na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Agora, o Conselho Federal de Psicologia entrou na discussão em defesa do material.
Dentre as razões apresentadas para a defesa está a importância do kit para enfrentar o bullying homofóbico e a possibilidade de pais, alunos e professores aprenderem a respeitar LGBTs com a ajuda dos vídeos e textos que integram a ação ministerial.
Uma comissão de psicólogos e especialistas avaliou o material para analisar a qualidade técnica, didática e pedagógica dos vídeos e textos e a adequação do conteúdo à faixa etária do público que o receberá. A previsão é de que 6 mil colégios tenham acesso ao material este ano. Para o CFP, os filmes e livretos que abordam conflitos de adolescentes em relação à sexualidade têm linguagem correta para os alunos que serão alvos do projeto e trata de forma cuidadosa os temas.
“Representa material de vanguarda, pois são instrumentos de capacitação e formação continuada para o próprio professor. O kit reforça a atenção e cuidado com os temas transversais da educação nas relações de ensino-aprendizagem, como no caso do respeito à diversidade sexual”, diz o relatório. A entidade diz que faz parte do compromisso profissional de qualquer psicólogo contribuir para reflexões sobre preconceito e o fim de discriminações sexuais.
O texto de cinco páginas começa justificando a importância da discussão do tema nas escolas, que têm a responsabilidade de formar cidadãos éticos e que respeitem as diferenças, segundo os psicólogos. “A discussão principal sobre o tema refere-se à necessidade de tratar preconceitos e discriminações que refletem uma violência (verbal, simbólica) reverberando nos espaços de convivência escolar”, afirma o texto.
De acordo com os psicólogos, faltam instrumentos de qualidade para que professores e orientadores trabalhem o tema em sala de aula. A iniciativa, para eles, é positiva. A entidade sugere ainda que outros setores, como redes sociais, desenvolvam projetos semelhantes para combater o preconceito.
O material foi elaborado em parceria com a Pathfinder do Brasil; a Reprolatina - Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva; e a ECOS - Centro de Estudos e Comunicação em Sexualidade e Reprodução Humana (São Paulo-SP), e conta com o apoio da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); da GALE – Global Alliance for LGBT Education, e da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT do Congresso Nacional.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pare o "estupro corretivo" na Africa do Sul

De: Alice Jay - Avaaz.org <avaaz@avaaz.org>


Caros amigos, 

"O estupro corretivo”, a prática cruel de estuprar lésbicas para “curar” sua homossexualidade, está se tornando uma crise na África do Sul. Porém, ativistas corajosas estão apelando ao mundo para pôr fim a estes crimes monstruosos. O governo sul africando finalmente está respondendo -- vamos apoiá-las. Assine a petição e divulgue para os seus amigos! 

Sign the petition!


Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive

Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”. 

De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em televisão nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas. 



A África do Sul, chamada de Nação Arco-Íris, é reverenciada globalmente pelos seus esforços pós-apartheid contra a discriminação. Ela foi o primeiro país a proteger constitucionalmente cidadãos da discriminação baseada na sexualidade. Porém, a Cidade do Cabo não é a única, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade. 

O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”. 

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade. 



Está é uma batalha da pobreza, do machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual. 


Em casos como o da Millicent, é fácil perder a esperança. Mas quando cidadãos se unem em uma única voz, nós podemos ter sucesso em mudar práticas e normas injustas, porém aceitas pela sociedade. No ano passado, na Uganda, nós tivemos sucesso em conseguir uma onda massiva de pressão popular sobre o governo, obrigando-o a engavetar uma proposta de lei que iria condenar à morte gays da Uganda. Foi a pressão global em solidariedade a ativistas nacionais corajosos que pressionaram os líderes da África do Sul a lidarem com a crise da AIDS que estava tomando o país. Vamos nos unir agora e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência. 

Com esperança e determinação, 

Alice, Ricken, Maria Paz, David e toda a equipe da Avaaz

Leia mais: 

Mulheres homossexuais sofrem 'estupro corretivo' na África do Sul: 
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/09/mulheres-homossexuais-sofrem-estupro-corretivo-na-africa-do-sul-915119997.asp

ONG ActionAid afirma que "estupros corretivos" de lésbicas na África do Sul estão aumentando:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2010/03/22/243215-ong-actionaid-afirma-que-estupros-corretivos-de-lesbicas-na-africa-do-sul-estao-aumentando 

Acusados de matar atleta lésbica são julgados na África do Sul:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,acusados-de-matar-atleta-lesbica-sao-julgados-na-africa-do-sul,410234,0.htm 


Apoie a comunidade da Avaaz! Nós somos totalmente sustentados por doações de indivíduos, não aceitamos financiamento de governos ou empresas. Nossa equipe dedicada garante que até as menores doações sejam bem aproveitadas -- clique para doar.


A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 5,6 milhões de pessoas
 que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.

Esta mensagem foi enviada para susel.oliveira@gmail.com. Para mudar o seu email, língua ou outras informações, envie um email para info [@]t avaaz.org. Não quer mais receber nossos alertas? Clique aqui para remover o seu email.

Para entrar em contato com a Avaaz, não responda este email, escreva para nós no link www.avaaz.org/po/contact.

Frente Paulista contra a Homofobia

Os recentes ataques a homossexuais em São Paulo levaram governo estadual, prefeituras, empresários, ONGs e religiosos a criarem a Frente Paulista Contra a Homofobia. A ideia é promover manifestações, ações de conscientização, amparar as vítimas e pressionar o governo federal a tirar do papel projetos como a lei contra a homofobia, parada no Congresso. Hoje, há uma lei no Estado que pune esses casos apenas com multa.
“Se a violência na Avenida Paulista não tivesse sido filmada, não teria havido reação e os agressores estariam soltos. O poder público tem de reagir, investigar, prender, punir e deixar claro que não admite esse tipo de coisa”, diz o advogado Eduardo Piza, um dos coordenadores do Instituto Edson Neri, que integra o grupo.
Para o dia 19, já está definido o apoio da frente à Marcha Contra a Homofobia, do grupo Ato Contra a Homofobia, que sairá da Rua da Consolação e seguirá pela Avenida Paulista até o número
777, onde três jovens foram agredidos em 14 de novembro, no primeiro da série de ataques a homossexuais na região central. Neste dia, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, deve anunciar a ampliação do serviço do Disque 100, que atualmente recebe denúncias de abuso e violência contra crianças e adolescentes. O telefone passará a atender também casos de homofobia e violência contra idosos e portadores de deficiência.
Também integrante do movimento, a Prefeitura lança a campanha Sampa, Na Luta Contra a Homofobia no início da programação carnavalesca da cidade, dia 26. A ação vai ocorrer no bloco da Secretaria de Participação e Parceria que desfila no Folia, na Avenida Tiradentes, e tem como tema a intolerância. A marca é um laço colorido, que une os logotipos do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) e da campanha contra a Aids.

http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=1980

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Remédio para virar gay

Um francês de 51 anos, casado e com dois filhos, está indo a um tribunal contra a GlaxoSmithKline. Didier Jambart alega que um remédio contra o mal de Parkinson feito pela companhia farmacêutica, uma das maiores do mundo, alterou a sua orientação sexual e o tornou gay. E mais: o uso do Requip o deixou viciado em procurar sexo pela internet. Ele pede indenização de 450 mil euros (pouco mais de 1 milhão de reais).
O francês disse ter ficado viciado em homens a ponto de se exibir na internet para homossexuais e a se travestir. O advogado de Didier afirma que o remédio o levou a ter "encontros sexuais arriscados", de acordo com site Maville.com.
Didier revelou que os "efeitos colaterais" do medicamento o fizeram torrar todas as economias da família, que vive na cidade de Nantes. O francês afirma ainda que chegou a roubar para alimentar o vício.

http://www.mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=1973

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

MEC lança cartilha para combater homofobia nas escolas - Portal Vermelho

MEC lança cartilha para combater homofobia nas escolas - Portal Vermelho

O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou, nesta quinta-feira (13), que foi elaborada uma cartilha para orientar os alunos das escolas públicas sobre o preconceito e a aversão a homossexuais, a homofobia. Segundo o ministro, por ser “delicado”, o tema será tratado com critério. O material, já elaborado, ainda passará pela avaliação de um comitê de especialistas.

“O MEC tem sido muito criterioso. As obras que são mandadas para as escolas são clássicas ou passam por uma avaliação. O assunto é delicado, se não fosse, não precisaria ser trabalhado nas escolas. Vamos fazer isso da maneira mais respeitosa com a sociedade”, disse o ministro.

Haddad informou ainda que na fase de aprovação o material será discutido. “Não é uma questão de tomar partido, mas de cumprir uma obrigação constitucional de informar sobre um direito assegurado”, disse.

A necessidade de discutir homofobia nas escolas foi identificada pelo MEC, diante da constatação de que o assunto incita ódio, a violência e a exclusão, e pode até estimular a evasão escolar. A ideia é distribuir a cartilha em seis mil escolas do ensino médio.

Pensamento homofóbico

O assunto já vem gerando polêmica na Câmara dos Deputados. A bancada evangélica quer impedir a distribuição da cartilha. E o deputado Jair Bolsonar
Publicar postagem
o (PP-RJ), conhecido por suas posições atrasadas e reacionárias, vem discursando sobre o assunto. Entre outras declarações desastrosas, o parlamentar disse, em entrevista em programa da TV Câmara, que os pais devem dar “um couro” nos filhos “meio gayozinhos”.

A vice-presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Clara Goldman, que teve acesso ao material, nega que a cartilha estimularia a homossexualidade entre os jovens, argumento utilizado pelos parlamentares contrários ao material didático.

Segundo ela, “o argumento esconde um princípio de que essa sexualidade é ruim e tem que ser combatida, evitada. Essa é a base do pensamento homofóbico. A cartilha não orienta, não estimula, mas problematiza. Coloca no seu devido lugar a discussão que deve ser feita. O objetivo é que as pessoas LGBT possam ser respeitadas e que caibam na nossa sociedade, nos nossos espaços coletivos, o respeito a essa diversidade.”

De acordo com ela ainda, o CFP apoia a iniciativa do MEC. “Acho que a ideia de se produzir um material específico, que possa orientar essa discussão, é muito bem-vinda. Nós apoiamos a cartilha, mas nosso apoio não se restringe a ela. É em relação à luta pela promoção dos direitos dessa população em todas as políticas públicas, não só na educação. Apoiamos como uma possibilidade a mais de que, na formação, essa questão possa ser discutida com mais qualidade, assentada em princípios que sejam realmente de direitos humanos.”

De Brasília
Com agências

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Travestis explorados sexualmente em SP voltam para casa

03/02/2011 17h51 - Atualizado em 03/02/2011 18h43


Polícia diz que mais de 70 travestis davam dinheiro a um casal.
Maioria é do Pará; polícia não conseguiu prender os suspeitos.

Do G1 SP, com informações do Globo Notícia   

Adolescentes aliciados para a prostituição em São Paulo vão voltar para casa, em Belém (PA). Segundo a polícia, eles faziam parte de uma rede de mais de 70 travestis explorados por um casal. Os suspeitos fugiram.
Até esta sexta-feira (4), seis jovens vão ser entregues às famílias. Eles eram mantidos em uma casa, no Centro da capital paulista. Ali, pagavam diárias para um casal,com o dinheiro que ganhavam em programas sexuais.
Um deles estava desaparecido desde o dia 27 de janeiro e foi encontrado depois que a família procurou a polícia. Na noite desta quarta (2), 78 travestis foram encontrados em duas casas. Eles são de oito estados. A metade nasceu no Pará. A polícia investiga o tráfico de seres humanos.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/02/travestis-explorados-sexualmente-em-sp-voltam-para-casa.html 
No Corso de Teresina, a diversidade marcará presença, no CAMINHÃO DO MATIZES
Dia 26/02/2011
Quer participar?
É preciso:
Abraçar a diversidade;
Incorporar a temática da sustentabilidade ambiental;
Arcar com os custos da fantasia, que deve ser feita
de material reciclado ou que não provoque muito impacto ambiental

Matizes e Associação das Travestis discutem com PGE nomes social

03/02/11, 12:06


Os travestis querem que a Lei de 2009 seja sancionada, já que a procuradoria induziu ao veto.

Texto: A- A+

O procurador Geral do Estado, Kildare Rone, recebe nesta manhã(03) a Associação de Travestis do Piauí - ATRAPI e o Grupo Matizes. Na reunião será discutido sobre o uso do nome social de travestis e transexuais em órgãos da administração pública estadual. O atual secretário da Assistência Social, João de Deus Sousa e a ex-secretária Gilvana Gayoso também participam do encontro.

Durante o encontro, a ATRAPI e o Grupo Matizes apresentarão ao Procurador Geral documentos que comprovam a constitucionalidade da Lei Estadual nº 5916/2009, que determina aos órgãos públicos que respeitem o nome social de travestis e transexuais. No entendimento da Procuradoria a Lei é inconstitucional e, por isso, aquele órgão recomendou o veto ao então governador Wellington Dias.

Para Monique Alves, presidente da ATRAPI, o entendimento da Procuradoria parte de uma premissa equivocada: a de que o Estado estaria legislando sobre Direito Civil, o que é vedado pelo art. 22 da Constituição Federal.

"Ocorre que, diferentemente do que pensa a Procuradoria, a Lei nº 5916/2009 não pretende alterar o nome civil das travestis e transexuais, mas tão somente reconhecer o nome civil delas", explica Monique Alves.

http://www.cidadeverde.com/matizes-e-associacao-dos-travestis-discutem-com-pge-nomes-social-72466




redacao@cidadeverde.com

Mais um personagem gay estreia na Globo

02/02/2011 - 12h37
Por : Hélio Filho
  agora em minissérie Nova minissérie da Globo vai ter mais um personagem gay na telinha


Tv Globo/Marcio Nunes
José Alvarenga (centro) dirige Lília e Paulo
José Alvarenga (centro) dirige Lília e Paulo

A profusão de personagens gays na Globo não pára um minuto e mais um entra para a lista: é o cabeleireiro Renê Gama, vivido por Paulo Gustavo na minissérie “O Divã”, com estreia prevista para abril. A atração de quatro capítulos tem direção de José Alvarenga Júnior e é uma adaptação do livro que virou peça e que virou filme, com Lília Cabral no papel principal no teatro e cinema.

Renê é um cabeleireiro sem cabelo super descolado que é mega amigo de Mercedes (Lilia Cabral), uma mulher em busca dos prazeres da vida, querendo se sentir viva depois de anos de um casamento morno. Quem viu o filme não esquece a cena do “repica! Repica!” e já deve estar ansioso para conferir a versão televisiva da história.

O elenco tem ainda Totia Meirelles, Marcelo Airoldi, Duda Nagle, Johnny Massaro, Julia Almeida, Domingos Montagner e conta com participações especiais de Patrícia Pillar e Gisele Fróes.

Galo da Madrugada terá camarote gay

soltando a franga em alto estilo

http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/02/02/galo_da_madrugada_tera_camarote_gay_90965.php

POSTADO ÀS 12:50 EM 02 DE Fevereiro DE 2011



Pela primeira vez para o desfile do Galo da Madrugada haverá um camarote de grande porte direcionado ao público LGBT.
Será o ‘Metrópole Secrets’, que chega para confirmar o conceito de exclusividade e alegria que a marca do Clube Metrópole levará para a folia do Galo, em um ambiente confortável e repleto de surpresas. A começar pelo serviço All Inclusive e buffet com um wellcome coffe (café da manhã) e petiscos ao longo da festa.
O espaço também ganhou conceito de marca e produção executiva da agência pernambucana Dot Assessoria & Promoção, que está à frente da produção do ‘Metrópole Secrets’, auxiliando a promoter Maria do Céu, organizadora do camarote, que promete muita criatividade para o espaço que receberá 700 pessoas.
A localização do camarote ainda é secreta e só será divulgada nos próximos dias, quando for anunciada o início da venda e valores dos convites do espaço. "Onde todos irão revelar os seus mais secretos segredos e fantasias no Carnaval 2011".
O público que irá para a festa do Galo para participar do ‘Metrópole Secrets’ encontrará um ambiente climatizado, cenografia especial para dar todo charme, e exclusividade com decoração temática inspirada em um Carnaval clean remetendo ao conforto das cores branca e tons de lilás.
No camarote o público encontrará um lounge club, bares, banheiros exclusivos, segurança, além de um área de relax e beleza, com serviços de massoterapia, estúdio de cabelo e maquiagem e moda de customização de camisetas.
Na programação, os foliões contarão ainda com shows de bandas locais e a animação de setlists de DJs que agitarão  o ‘Metrópole Secrets’ nos intervalos dos trios com os melhores sucessos do funk, axé, pagode e da house internacional.
Ainda animando o camarote haverá a presença de Gogo Dancers que farão performances sensuais nos queijos (mini plataformas) remetendo o clima da noite de uma boate.

Deputados federais defendem gays durante protesto de colega homofóbico

02/02/2011 - 12h01
Por : Hélio Filho
Durante protesto, deputados defendem gays de colega homofóbico 


ACM Neto: homofobia é só de Bolsonaro
ACM Neto: homofobia é só de Bolsonaro
Os deputados federais ACM Neto (DEM-BA) e Ivan Valente (P-Sol-SP) saíram em defesa dos homossexuais depois de ouvir as declarações homofóbicas de seu colega de Casa, Jair Bolsonaro (PP-RJ), durante manifestação de militantes LGBT na posse dos novos parlamentares em Brasília, na última terça-feira, 1. ACM disse que Bolsonaro fala apenas por ele mesmo e que seu discurso intolerante é isolado.

ACM Neto defendeu a diversidade sexual esclarecendo que “o deputado Bolsonaro tem opiniões que não traduzem o pensamento da coletividade da Casa”. E conhecendo bem o colega, com quem convive há pelo menos quatro anos, o democrata baiano antecipou ainda que “não é a primeira nem será a última vez que ele dá declarações polêmicas”.

 

Ivan Valente também não gostou e classificou as falas de Bolsonaro como preconceituosas, homofóbicas e antidemocráticas. “Acho muito negativo que ele faça propostas contra as liberdades individuais e que gerem preconceito e violência.”

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Pessoas q deram o sangue pela igualdade‏

Pessoas de todos os matizes,
Um sucesso nosso ato no HEMOPI, na última segunda-feira. Vejam abaixo manifesto e as fotos de algumas pessoas q deram seu sangue pela igualdade.

NOSSO SANGUE PELA IGUALDADE: MANIFESTO DO GRUPO MATIZES E DA LIGA BRASILEIRA DE LÉSBICAS

       MANIFESTO DA LIGA BRASILIERA DE LÉSBICAS E DO GRUPO MATIZES


Você sabia que, no Brasil, homens gays e bissexuais são impedidos de doar sangue? Pois é, essa vedação está expressa na Resolução - RDC nº 153, de 14 de junho de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. A referida Resolução prevê que  "serão inabilitados por um ano, como doadores de sangue ou hemocomponentes, os candidatos que nos 12 meses precedentes tenham sido expostos a uma das situações abaixo:  (...)  Homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes.” Ou seja: para o Ministério da Saúde, homens gays e bissexuais podem doar sangue, desde que tenham a abstinência sexual como regra.

Flagrantemente discriminatória, a proibição da ANVISA deve ser contestada por toda a sociedade, porque atenta contra um dos valores mais caros da humanidade: a solidariedade. Além disso, contribui para dificultar ainda mais a coleta das 5.500 bolsas de sangue/dia de que necessitam os hemocentros estaduais.
 
A Liga Brasileira de Lésbicas e o Grupo Matizes sabem da importância de se ter um controle rigoroso do sangue coletado em hemocentros. O rigor e o zelo, entretanto, não podem ser confundidos com exclusões de caráter científico duvidoso. Essa proibição estapafúrdia mantida pela ANVISA é, além de inócua, estimuladora da mentira. Sabe por quê? Porque se um homem gay ou bissexual negar na entrevista que fez/faz sexo com outro homem pode doar sangue normalmente.
 
Por isso, está mais do que na hora de o Governo Brasileiro rever essa proibição, a exemplo do que já fizeram vários outros países.
 
Teresina (PI), janeiro de 2011.
 
VEJA ABAIXO AS FOTOS DO ATO REALIZADO NO HEMOPI, DENTRO DA CAMPANHA "NOSSO SANGUE PELA IGUALDADE"






terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

LGBTs protestam na Posse dos Parlamentares Federais



lGBTs protestam na Pose dos deputados Federais em Brasilia

Bolsonaro se Exalta Contra LGBTs

Terça-feira, 01 de Fevereiro de 2011

“Sou contra quem divulgar na escola de primeiro grau que ser homossexual é legal” – exaltou-se Bolsonaro durante protesto na Câmara.
por Redação MundoMais
Cerca de 10 integrantes da ONG Estruturação chamaram a atenção dos parlamentares e convidados que lotavam o Salão Verde da Câmara dos Deputados após a posse dos parlamentares nesta terça-feira (1º).
Aos gritos de “nossa luta é todo dia contra a homofobia”, os manifestantes portavam bandeiras com as cores do arco-íris e clamavam as pessoas que passavam mais atenção e respeito aos homossexuais.
“Nós viemos aqui para marcar presença. Não só falar com o um ou outro deputado. Viemos falar com todos para dizer que continuamos aqui sofrendo preconceito, sem direitos, mas continuamos vivos, pagando os nossos impostos e temos direito de pedir atenção”, explicou o presidente da ONG Estrutução, Michel Platini, que organiza a Parada Gay em Brasília.
Ao lado deles, manifestava-se exaltado o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por suas manifestações públicas contra os estímulos ao comportamento homossexual, negou que seja homofóbico.
“Eu não tenho nada contra eles. Eu tenho contra quem divulgar na escola de primeiro grau que ser homossexual é legal”, disse se referindo ao material, composto por cartilhas e vídeos, elaborado e em estudo pelo Ministério da Educação contra a homofobia para ser distribuído nas escolas de ensino médio.
Para Bolsonaro, a “vida promíscua dos homossexuais nas madrugadas e ligada às drogas”, acaba por expor os homossexuais à violência nas ruas. O parlamentar reforçou ser contra o financiamento público de eventos como a Parada Gay.
Enquanto o deputado falava, os gritos de ordem dos jovens manifestantes se sobrepunham a voz dele, que rebateu: “Eu estou pouco me lixando para eles, o que eles têm a oferecer, eu não quero”.
Aos poucos, o Salão Verde vai se esvaziando e parlamentares e convidados fazem um pausa para o almoço enquanto as lideranças de suas legendas definem os blocos dos partidos.

ABGLT faz carta aberta a deputados e senadores para pressionar aprovação de lei que criminaliza ações homofóbicas



01/02/2011 - 11h

Aproveitando que nesta terça-feira começa a nova legislatura do Congresso Nacional, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) divulgou uma carta aberta pedindo a aprovação do PLC 122/2006. O Projeto de Lei Complementar criminaliza atitudes discriminatórias contra o público LGBT.

O documento cita recentes casos de violência contra homossexuais em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará e no Paraná, além de um levantamento do Grupo Gay da Bahia. Segundo dados da entidade, houve aumento de assassinatos em todo o país em função da vulnerabilidade LGBT, principalmente das travestis.

Leia abaixo a carta na íntegra.

Carta aberta aos senadores e senadoras, pelo desarquivamento e pela aprovação do PLC 122/2006

Dia 1º de fevereiro começa a nova legislatura do Congresso Nacional. A população brasileira de lésbicas, gays, travestis e transexuais, seus familiares, amigos(as) e aliados(as), esperam muito dos deputados e deputadas, senadores e senadoras que ora iniciam seus trabalhos legislativos.

O Congresso Nacional tem uma dívida com milhões de brasileiros e brasileiras. A Constituição, publicada há 22 anos, afirma textualmente, no seu artigo 5º, que todos são iguais perante a lei. No artigo 3º, proíbe qualquer tipo de discriminação. Mas, a legislação brasileira não se adequou, duas décadas depois, aos preceitos constitucionais.

Não existe ainda nenhuma lei que assegure a igualdade dos direitos civis à comunidade LGBT. Dezenas de direitos ainda nos são negados apenas em virtude de nossa orientação sexual ou de nossa identidade de gênero.

Essa falta de proteção legal e reconhecimento dos direitos LGBT certamente contribui com o fenômeno da homofobia, que se apresenta de diferentes formas, da violência verbal e simbólica, até a agressão física e assassinatos.

Temos assistido nos últimos meses ao recrudescimento de manifestações homofóbicas, a exemplo do que ocorreu recentemente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará e no Paraná e, segundo levantamento do GGB (Grupo Gay da Bahia), a um aumento dos assassinatos em função da vulnerabilidade LGBT, sobretudo das travestis.

Para enfrentar a homofobia cultural e garantir a proteção à população LGBT, há dez anos a então deputada Iara Bernardi apresentou o PL 5003, que instituía algumas penalidades a atitudes discriminatórias. A redação do projeto foi depois alterada e ampliado seu escopo, quando, em agosto de 2006, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, substitutivo do então deputado Luciano Zica. No final do mesmo ano, o plenário da Câmara, por meio de acordo de lideranças, aprovou-o em definitivo naquela Casa.

Enviado ao Senado, o então PLC ganhou o número 122, e assim se tornou conhecido nacionalmente ("criminalização da homofobia") , quando começou a tramitar na Comissão de Direitos Humanos, com a relatoria da então Senadora Fátima Cleide, que deu parecer favorável à sua aprovação.

A partir daí, um intenso debate tomou conta do Senado e da sociedade brasileira. O PLC foi alvo de pesadas críticas de alguns setores religiosos fundamentalistas. Essas críticas, em sua maioria, não têm nenhuma base laica ou jurídica, ignorando o princípio da laicidade do Estado. São, no geral, fruto de uma tentativa equivocada de transpor para o espaço público argumentos religiosos, principalmente bíblicos, em uma leitura absolutamente literalista e conservadora.

Senadores e Senadoras:

O PLC 122, diferentemente do que às vezes é divulgado, não atenta nem contra a liberdade de expressão, nem contra a liberdade religiosa. O que o projeto visa a coibir são manifestações notadamente discriminatórias, ofensivas ou de desprezo. Manifestações que induzam ou legitimem o ódio, ou que igualem a homossexualidade à doença. Particularmente, o projeto visa a proibir os discursos que incitem a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Com o intuito de deixar mais claro que não se trata de "privilégio" ou de perseguição religiosa, ou de agravamento penal excessivo, a então senadora Fátima Cleide apresentou um substitutivo, tecnicamente mais rigoroso e que, inclusive, ampliou o escopo do PLC 122 para punir outras formas de discriminação.

A nova redação do projeto, aprovada em 10.11.2009, pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, acrescenta também a proibição de discriminar idosos e pessoas com deficiência. O novo caput da lei é o seguinte:

"Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero."

As Conferências Nacionais de Direitos Humanos, Educação, Segurança Pública, LGBT, entre outras, aprovaram moções de apoio à aprovação do PLC 122/2006, e seu propósito de combater a discriminação contra LGBT se encontra respaldado pelo Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT e pelo Programa Nacional de Direitos Humanos III.

Infelizmente, com a chegada da nova legislatura, o PLC 122/2006 foi arquivado, por determinação do regimento do Senado.

Portanto, a ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, entidade de abrangência nacional com 237 organizações congêneres afiliadas e também credenciada junto ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, vem por meio desta carta aberta solicitar aos senadores e às senadoras da legislatura que ora se inicia que:

- apóiem o desarquivamento do PLC 122, permitindo que o debate seja feito pelo Senado e também aprofundado pela sociedade brasileira.

- debatam o projeto e votem favoravelmente à sua aprovação, nas Comissões e no Plenário do Senado

- que integrem a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT

Na expectativa de contarmos com o apoio do Senado para combater todas as formas de discriminação e violência, agradecemos antecipadamente.


1º de fevereiro de 2011

ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Comemorando 16 anos de luta contra homofobia



Redação da Agência de Notícias da Aids

Dica de Entrevista

ABGLT:
Tel.: (41) 3222 3999

Protesto LGBT divulga fotos da violência contra homossexuais Segundo dados oficiais da comunidade LGBT de Alagoas, em 2010 foram registrados 26 homicídios com características de homofobia.

16h40, 31 de Janeiro de 2011 Danielle Silva
Alagoas24Horas
 
O Alagoas24Horas reuniu alguns crimes homofóbicos ocorridos no Estado
Um varal com mais de 200 fotografias de crimes homofóbicos registrados em Alagoas e outros estados do país foi exposto nesta segunda-feira, 31, no Centro de Maceió. A comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) escolheu a data para protestar contra os casos de violência, cada vez mais crescente no Estado.
Segundo dados oficiais da comunidade LGBT de Alagoas, em 2010 foram registrados 26 homicídios com características de homofobia, números que deram ao Estado o título de campeão em crimes contra homossexuais no Brasil. Somente em janeiro de 2011 ocorreram quatro homicídios. O mais recente aconteceu no bairro do Vergel do Lago, onde um homossexual foi encontrado morto e amarrado, com sinais visíveis de tortura. A comunidade afirma, com base no depoimento de familiares, que a vítima não tinha antecedentes criminais, nem envolvimento com drogas.
Os números alarmantes integram um relatório que contém registros de crimes ocorridos da década de 80 até os dias atuais. A iniciativa surgiu para alertar ao estado sobre a gravidade dos casos e pedir punição aos culpados, no entanto, até hoje nenhuma medida concreta foi tomada para reverter o quadro, restaram promessas.
Um dos diretores do movimento em Alagoas e responsável pelo relatório, Nildo Correia, afirma que o Ministério Público do Estado se comprometeu em cobrar das delegacias a resolução dos casos, a grande maioria inconclusos. “Queremos aproveitar a Lei Delegada para cobrar a instalação de uma delegacia especializada para tratar os casos de homicídios. Já temos um apoio importante na causa, que é a nova secretária de Direitos Humanos, Kátia Born, grande parceira do movimento”, disse Correia.
O varal de fotografias ficará no Centro somente até as 17h, mas surtiu o efeito esperado na população. “Causou o impacto esperado pelo movimento. As fotos são chocantes para que as pessoas tenham noção da gravidade dos casos. A sociedade tem que se conscientizar que precisa ir às ruas para protestar porque amanhã pode ser uma pessoa da sua família vítima de um crime brutal”, alerta.

Militante do movimento gay e deputado federal eleito, Jean Wyllys toma posse nesta terça-feira .

Reprodução
 
 
O deputado federal eleito, Jean Wyllys, compareceu neste domingo (30) a Câmara dos Deputados em visita guiada para conhecer o novo local de trabalho. A posse acontecerá na terça-feira (1) e Jean já anunciou que pretende disputar uma nova vaga nas comissões de Direitos Humanos e de Educação.
“Antes de ser um militante do movimento gay, eu sou um defensor dos direitos humanos e das liberdades constitucionais. Mas, além disso, quero trabalhar com a Comissão de Educação porque é de lá que partem as diretrizes que darão sustentação a uma revolução educacional que precisamos criar no país”, disse Jean.
O deputado já foi colunista da G Magazine e deve voltar a escrever nas próximas edições.